sábado, 10 de novembro de 2012

FOTOS ANTIGAS DE GOIANINHA

Seguem Ai algumas fotos antigas de Goianinha, para algumas pessoas mais antigas recordarem e quem não teve o prazer de ver, possa conhecer como era nossa cidade no passado:
 
 Antigo posto de Correios e Telégrafos.
Engenho Benfica. Acervo de Ormuz Simonetti, digno filho da terra e membro do Instituto Histórico e Geográfico do RN.

Rua principal em foto de Novembro de 1928, em local onde hoje se situa a praça da Monsenhor Armando de Paiva.

Praça Mosenhor Armando de Paiva em foto de 1946, pena que o antigo coreto não foi preservado.

Festa da Padroeira em 1947, procissão de Nossa Senhora dos Prazeres.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

FEIRA LIVRE DE GOIANINHA

    A feira livre de Goianinha é realizada sempre aos domingos, uma tradição que perdura há mais de 120 anos.  Estudos mostram que a feira de Goianinha foi criada por uma resolução datada de 1º de junho de 1890, na época respondia pelo Governo Municipal o Intendente  Dr. Antônio Luís Francelino de Aguiar. Hoje a feira é uma das maiores da região, nela é possível encontrar de tudo como alimentos diversos, roupas, produtos de limpeza, "fumo de rolo", calçados e até os "mangaeiros", onde podemos encontrar de tudo um pouco. Vale a pena visitar esta tradição centenária.
Feira Livre de Goianinha vista do alto da Igreja Matriz.




Alguns produtos comercializados na Feira de Goianinha. Acervo de Abdo Abdala.
 

PARABÉNS GOIANINHA: 84 ANOS DE HISTÓRIA.


    Por volta do ano 1635 o município de Goianinha tinha o nome de Goacana, ou Viajana, e seu território era ocupado, em sua maioria,  pelos índios Janduís, descendentes dos Cariris. Goianinha foi elevada à categoria de vila, recebendo a denominação atual, através  decreto de 07-08-1832.
    A divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município aparece constituído de 4 distritos: Goianinha, Espírito Santo, Piau e Tibau, dos quais hoje constituem dois municípios independentes: Espírito Santo e Tibau do Sul.
    Goianinha foi elevada à categoria de cidade com a denominação de Goianinha pela lei estadual nº 712, de 09-11-1928.
     Assim comemoramos hoje o 84º aniversário de Goianinha.
    Hoje, de acordo com a última estimativa do IBGE, a cidade tem uma população de 23.209 habitantes. O município possui uma área de 192,277 km².  Há muito que se comemorar, pois a cidade cresceu muito nos últimos anos, sendo uma das cidades que mais cresce na nossa região. Porém ainda há muito a ser feito, principalmente na área da saúde, pois o hospital funciona, com apenas um médico plantonista, fato que muda desde a sua fundação, porém a população vem crescendo significativamente,  consequentemente o número de atendimentos no hospital também cresce, fato que não é notado pelas autoridades locais.
Praça Mosenhor Armando de Paiva e ao fundo Igreja Matriz.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE GOIANINHA, 130 ANOS DE HISTÓRIA.

    A estação ferroviária de Goianinha é um patrimônio de nossa cidade, porém seu valor não é reconhecido pelas autoridades. A estação foi inaugurada em 31 de outubro de 1882, na época a estação era uma das mais modernas da região. Na época, a linha da Great Western of Brasil era a prinicipal via de comunicação para a capital e a cidade do Recife, grande centro educacional da época.
   A estação era um de primeiro andar, onde se localizava a residência do chefe de tráfego. Possuía uma escada feita de madeira de lei, bem trablhada. Possuia ainda um catavento em seu lado esquerdo.
    Hoje o prédio está em ruínas e péssimas condiçoes, Canguaretama cidade vizinha tem sua estação ferroviária em ótimas condições.



Estação Ferroviária de Goianinha em estado de abandono.

domingo, 4 de novembro de 2012

O CANGAÇO EM GOIANINHA

    O cangaço é fato conhecido de todos, porém o cangaço teve mairo abrangência no sertão nordestino. porém Goianinha tem suas histórias ligadas ao cangaço. Nossa hisória começa no início do mês de fevereiro de 1906, quando chegou a cidade um casal, desconecido da sociedade local. A mulher era uma bonita moça, branca, aparentando ter a jovem uns 18 anos de idade, que se chamava Ana Maria da Conceição e vinha acompanhada de um homem negro.
    A comunidade não sabia, mas aquele homem era um conhecido e temível cangaceiro acunhado como Rio Preto, personagem de nossa história.
    Surpreendentemente o desconhecido procurou o delegado local, Manoel Ottoni de Araújo Lima(proprietário do Engenho bom jardim), para conseguir trabalho como agricultor ou em alguma outra função. O delegado não lhe deu serviço, mas indicou-lhe o engenho “Bosque” cujo proprietário era o padre João Alípio da Cunha(engenho hoje de propriedade da família Barbalho), este igualmente lhe negou trabalho, mas o despachou para o engenho “Jardim”, onde o administrador Manoel Lúcio Peixoto admitiu o aparente e inofensivo trabalhador.
    Os primeiros dias de Rio Preto como trabalhador do campo seguiam tranquilos. Contudo, entre a comunidade, a desconfiança era geral. Chamava muita a atenção o fato daquele humilde trabalhador rural, acompanhado de uma mulher considerada bonita e além de tudo branca.
    Para a sociedade do Rio Grande do Norte, que até hoje ainda não se livrou de atitudes preconceituosas e racistas com relação aos negros, este casal inter-racial, chegando à provinciana vila de Goianinha de 1906, chamou muito a atenção do lugar.
    Na noite de segunda-feira, 19 de fevereiro de 1906, um grupo armado atacou uma propriedade distante12 quilômetros de Goianinha. Os bandidos chegaram de surpresa, anunciaram o assalto e em seguida passaram a arrombar a porta da sede da fazenda. O proprietário Carlos de Paiva Rocha consegue fugir com uma irmã para os matos. O grupo de bandidos, senhores da casa, praticam de extrema violência contra o vaqueiro Antonio Gomes, para este dar conta dos objetos de valor ali existentes. Os celerados levam jóias, outros objetos pessoais, roupas e três cavalos para a fuga, deixando um prejuízo superior a um conto de réis. Em meio às ameaças, um dos bandidos afirma ser o “célebre Antônio Silvino, o Rifle de Ouro”. Logo a notícia se espalha e a região fica em estado de alerta.
    Aparentemente o trabalhador negro, que todos desconheciam ser Rio Preto não tinha ligação com o assalto ocorrido na propriedade “Martelos”. Mas não é difícil supor que naquele momento, todo forasteiro passasse a ser considerado suspeito.
    Estas desconfianças fizeram o administrador da fazenda “Jardim” buscar “jeitosamente”, como afirma o jornal “A Republica”, junto ao seu novo empregado maiores informações sobre seu passado, prometendo-lhe proteção em troca da verdade. Rio Preto, sem desconfiar, abriu o jogo sobre suas andanças no cangaço e sua participação no bando de Antônio Silvino. O administrador Manoel Lúcio promete guardar segredo.
Em pouco tempo Manoel Lúcio Peixoto, procurou discretamente o delegado e relatou tudo que o disfarçado cangaceiro tinha lhe falado.
Em 19 de fevereiro, sem esboçar resistência, o temível cangaceiro Rio Preto foi detido pelo delegado Cel. Manoel Ottoni. Rapidamente foi providenciado o transporte do cangaceiro para a capital do estado através do trem da Great Western.



A prisão virou notícia na imprensa.


     Houve um princípio de alteração quando Rio Preto soube que viria para Natal sem sua companheira Ana Maria. Esta por sua vez foi levada para a delegacia de Goianinha, onde em seu depoimento, declarou ter sido raptada pelo cangaceiro, desvirginada por ele e passou a segui-lo espontaneamente.
    No dia 20 de fevereiro, Rio Preto foi apresentado ao Chefe de Polícia do Rio Grande do Norte (cargo equivalente hoje ao de Secretário de Segurança), Heliodorio Fernandes de Barros, que telegrafou ao Chefe de Polícia de Pernambuco, Santos Moreira, que exultou com a notícia e organizou a transferência do detento, que no dia 23 o prisioneiro seguiu para Recife no vapor “Una".

sábado, 3 de novembro de 2012

BANDEIRA DE GOIANINHA

    A Bandeira e o Brasão de Armas do município de Goianinha foi instituida pela Lei municipal nº 17 de 16 de outubro de 1980, na administração do digno filho da terra Honório Barbalho de Meiroz Grilo. Na Bandeira são destques as atividades econômicas da terra: cana-de-açúcar, cerâmica e pecuária. São dois retângulos nas cores verde e branco, símbolo de esperança, harmonia e paz, caracterísitcas de seu povo, ao centro encontramos o escudo do município. nas faixas do escudo encontramos os termos:PROGRESSO E LIBERDADE.

BANDEIRA DE GOIANINHA

FILHOS ILUSTRES DE GOIANINHA: MOREIRA BRANDÃO

   José Moreira Brandão Castelo Branco, natural de Goianinha-RN, nascido a 4 de setembro de 1828, filho de Antônio Pita Brandão e Justina Moreira Brandão, veio a falecer em Natal no dia 16 de julho de 1895, aos 67 anos de idade.
    O Dr. Moreira Brandão foi um homem atuante e inteligente em todos os setores de sua vida. Notável jornalista, advogado, político e poeta. Ocupou a cadeira nº 5, da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras.
    Como advogado, Moreira Brandão foi dotado de uma capacidade intelectuale eloqüente      brilhante, absolvia os réus que defendia. Quase na sua totalidade. E por aí ele se revelava uma potencialidade corajosa.
    Como político, foi a sua preocupação dominante. A sua política era orientada para o bem e o progresso de seu Estado. Ele foi dez Deputado Provincial e três Deputado Geral. Seu eleitorado predominava na Região Agreste Potiguar.
  Seu destaque foi além do nosso estado, foi Oficial Maior da Secretaria do Governo de Pernambuco. Causava impressão a organização de seus trabalhos, pela limpedez e ralidez de execução. O Presidente da província, conselheiro Honório Hermeto carneiro Leão, depois, Marquês do Paraná, encantado com a precisão e competência de Moreira Brandão convidou-o para seu Secretário, quando foi nomeado Embaixador do Brasil junto às Repúblicas do Prata. Moreira Brandão declinou do convite, dizendo “interessa-lo unicamente a sua Província”. Para  seu lugar, foi designado José Maria da Silva Paranhos, no futuro, o Barão Visconde do Rio Branco.
    Moreira Brandão foi casado com Ana Joaquina Moreira, tendo numerosa prole. Sua primeira filha, Maria Rosa, consorciou-se com seu primo, Professor João Tibúrcio da Cunha Pinheiro, notável pedagogo potiguar, emérito professor de Latim, que breve trataremos nestas mal traçadas linhas.
    Moreira Brandão foi político ligado a bandeira do Partido Liberal, no governo republicano do Dr. Pedro Velho de Albuquerque Maranhão, o Dr. Moreira Brandão integrava a lista para seus auxiliares diretos. Foi Diretor da Instrução Pública, por ato de 23 de junho de 1891.
    Como Deputado, presidiu a Assembléia em 1864-65, 88 e 1889. Foi o último Presidente do Legislativo Estadual, quando se deu a Proclamaçãoda República. O Dr. Tavares de Lyra o considerava um político de largo prestígio.
FOTO DE MOREIRA BRANDÃO.
 

IGREJA MATRIZ DE GOIANINHA

    A Igreja Matriz de Goianinha localiza-se no centro da cidade, a rua Dr. João Primênio Simonetti. A capela de Nossa Senhora dos Prazeres foi elevada à categoria de Igreja Paroquial através do alvará régio datado de 13 de agosto de 1821, sendo posteriormente confirmado por uma Lei provincial nº 219, datado de 27 de junho de 1850.
   A matriz foi edificada em estilo gótico, como a maioria das igrejas da região. No seu arco é visível uma inscrição em latim: "Tota pulcra est Maria", traduzindo: sois toda formosa, ó Maria.


Foto da igreja Matriz por volta de 1910. Acervo de Ormuz Simonetti.


Foto da igreja Matriz hoje. Acervo de Gabriel Salina.

   A igreja foi edificada em hemonagem a Nossa Senhora dos Prazeres. A festa é móvel, tendo início sempre aos domingos de páscoa. Existem várias fatos sobre o culto a Nossa Senhora dos Prazeres, uma conta que havia uma carnaubeira e em seu tronco foi encontrada uma imagem da Santa, a imagem foi retirada do local e levada para um altar nas imediações da Lagoa da Batalha(por trás do Banco do Brasil), porém a imagem despareceu retornando ao tronco da carnaubeira. A imagem foi trazida de volta ao altar e ali foram coloacados guardas, porém a imagem misteriosamente voltou a carnaubeira. Então compreenderam que a imagem queria ficar naquele local, assim  a imagem permaneceu lá e no local foi construída a capela primitiva onde hoje se situa a Matriz.
    A segunda lenda retrata a batalha entre holandeses e portugueses. Houve uma batalha na imediações do Posto união ao conjunto da batalha, os Portugueses estavam em desvantagem, pois não tinham mais pólvora para seus armamentos. Pois então pareceu uma bela mulher, vestindo uma túnica azul e com uma coité ou cuia, ela apnahva areia e transformava em polvóra, contribuindo assim para a vitória dos portugueses. A luta realmente aconteceu, disputavam portugueses e holandeses a ilha do flamengo(hoje território do município de Arês).

NOSSA SENHORA DOS PRAZERES UMA TRADIÇÃO VINDA DE PORTUGAL

Bem antes da última peste que houve em Lisboa, em 1599, uma imagem da Mãe de Deus apareceu sobre uma fonte em Alcântara, na quinta dos Condes da Ilha. Essa fonte começou a ser chamada de “santa” porque sua água passou a curar várias enfermidades. Os condes levaram a imagem para sua casa, colocando-a em seu oratório. No entanto, certo dia a mesma imagem desapareceu do seu lugar para ser encontrada sobre um poço. Nossa Senhora manifesta-se, então, a uma menina, dando-lhe a missão de pedir aos vizinhos e familiares para ali construirem uma capela onde ela fosse venerada sob o título de Senhora dos Prazeres. As pessoas não duvidaram da criança e em pouco tempo a ermida foi erguida. A imagem foi ali depositada e os prodígios começaram a ocorrer.

Nossa Senhora dos Prazeres é a mesma Nossa Senhora das Sete Alegrias, devoção de origem franciscana.

Imagem de Nossa Senhora dos Prazeres.